segunda-feira, 30 de abril de 2012

A verdade II

A verdade é que o reino caiu.
O seu interior estava podre, assente em fracos alicerces.
Restos em decomposição de memórias e de conquistas falhadas. Um passado corroído pelo presente.
Quando tudo apodrece, o passado não passa de mentiras. Não passa de um monte de merda que ganhou o eterno cheiro da podridão.´
A putrefação do meu espírito causa a morte do meu corpo.
O falecimento da minha vontade.
A desistência aparece como uma escolha possível mas sei que não é a melhor.
Embora seja a mais apelativa. A mais fácil.
Não me perdoaria, se desistisse.
Eu quero ser alguém. Quero viver.
No entanto, sei que é impossível ser feliz.

domingo, 29 de abril de 2012

inconveniens veritatem.

Sinto-me atraído pelo mal. O negro chama-me. Apela-me. Desencaminha-me.
Todo o mal coincide com o bem.
Conflitos.
Escolhas e decisões, aparentemente impossíveis de serem tomadas.

And as she herself split into two, rotating in agony between two ultimate forces.
The pendulum of choice began it's dance.
It seems easy, you imagine, to gravitate instantly and unwaveringly towards good.
But she wondered, “How can I protect something so perfect without evil?”

A verdade é que somos encaminhados como ovelhas para o poço da morte.
O caminho que levamos, no final, não importa.
A morte é certa.
A vida não.





quinta-feira, 5 de abril de 2012

Limite.

Tudo o que juntaste durante a vida é uma farsa.
No final não tens nada.

Não resistas, deixa-te levar.
Eu quero-te aqui.
Vem. 
Não hesites

Mas espera, sabes que há o ponto fulcral.
Não podes.
Não posso.
Morre e assim poderei.