sábado, 22 de dezembro de 2012

tempo.

Nada está certo quando se trata do tempo
Algo tão relativo só trás problemas

O tempo constrói mas destrói
O tempo não é só aliado
É guerreiro 
Destruidor de sonhos

Bomba detonadora de tudo o que é concreto
Uma imensidão do que poderia existir

Sabes que mais?
O tempo é o compasso que gostávamos de ter para reger a vida
Ao invés disso, vivemos numa imensidão descompassada.

dormência.

Uma lei corrompida
Um sapato perdido
A peça de teatro a que nunca assistimos

A experiência que não tivémos
O momento que não passámos
Tudo que não aconteceu

Será que compensa pensar que existe alguma coisa além do que não existe?
Existirá algo além do nada?

domingo, 16 de dezembro de 2012

entrada.

foste sempre pouco
foste sempre pouco

no entanto não és só mais um
és o que não tinha vindo
o que não tinha aparecido

provavelmente a ignobilidade do meu ser
da minha existência
não teria conseguido prever

vieste
chegaste
conquistas-te

parabéns.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ironia divina.

a saída deste mar
é o ir e voltar?

não será talvez o permanecer sentado
à espera que ...

não
não irei cair nesta armadilha divina
este braço divino que me puxa
me atrai
que me seduz

a inspiração divina que me eleva
é a faca que no meu músculo se espeta
a bala que no meu crânio se isola
o veneno que corre no meu elixir da vida

sábado, 1 de dezembro de 2012

Larva.

não percebo a infinita decadência do ser que a felicidade procura mas dela foge
derrete perante a possibilidade de um futuro
mas vacila com medo

o medo impede os movimentos
no entanto tudo está lá
funciona perfeitamente, esta máquina

todavia, tudo o que houve não há mais
e o que virá terá de vir

sábado, 24 de novembro de 2012

essere.

oh intérmino ser,
além do quanto de ser não seja,
peço que todo o ser que me sê
não seja eternamente meu.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

sgangherato.

Viver conformado com a ideia de ser um ser que nada é
Viver uma vida finita
Viver todas as experiências que mais nos aproximam do final.

Todo o nosso culminar acabou quando tudo destruímos
Toda a nossa vida acabou num só sopro de misericórdia
Sopro desvanecido entre os ventos da esperança
Tudo o que se desvaneceu com o vento,
Com o vento voltou.

Porém, nada permanece intocável.

sábado, 3 de novembro de 2012

Entalado.

O frio daquela manhã tornou-se o calor da minha tarde.
Toda a tua existência se desvaneceu na minha vida.
O suspiro do meu mártir.
O alívio de todo o meu ser.

A liberdade que se apoderou de mim tornando-me num todo incompleto.
O meu corpo latia de dor.
A minha alma gemia.
O passado escapou-me.


Não há nada que eu queira que tenha sido.

Não há nada que exista que me felicite.

Tudo faz sentido quando o nada se apodera do nosso sentido de um todo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

desiderio ardente.

la fine è qui
inizia in questo momento
la fine dell'inizio iniziato quando tutto si è concluso
***

A verdade subjacente a tudo o que não está presente
Acaba no fim do que existia
Tudo o que existia acaba 
Tudo o que estava para vir veio
O bom de tudo transformou-se
E o pior conquistou

il peggio di tutto questo mi ha fatto morire per voi

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

le quattro stagioni dell'amore.

I
Levei, Olhei, Senti, Sorri, Levantei, Falei, Conheci, Felicitei

II
Conversei, Partilhei, Adorei, Recebi, Gargalhei

III
Acompanhei, Amei, Beijei, Vivi

IV
Lembrei, Chorei, Relembrei, Exaltei, Acabei, Morri


Amore appena terminata quando il resto è stato avviato
finito

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ultramar.

E nas chamas do purgatório arderás porque lá pertences
O venenoso e eterno poder da tua flecha
O crepitar da madeira
O brotar

Brota de mim, brota
Sairás por onde entraste, mas nunca mais voltarás a entrar
Roubaste tudo o que é meu para mais tarde mo tirares
De vez.
Mas não
Não sou são.




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Maldição.

Sai do meu corpo.
Demónio sedento de carnes palpitantes.
Sedento de ódio.
Sedento de amor.

Oh amor, 
O pecado da alma que nos consome
A tortura que nos parte e quebra
A felicidade que nos renasce

Oh amor, conjurar-te-ei quando o meu coração para ti estiver pronto.
Nunca.

sábado, 20 de outubro de 2012

Ambiguidade.

A perdição está onde nós a colocamos.
Nós criamos o nosso próprio sofrimento.
Criaturas sociais.
Sociais para o bem e para o mal.

A literatura diz-nos o que queremos ouvir.
A arte alimenta-nos da nossa própria mente.

O mundo não é um, o mundo é todo
Somos apenas todos, dentro um.
Ou muitos dentro de um todo?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sussurro.

O tartamudear de uma geração
O sussurro de outra
O efeito na próxima
E o fim na última.

Um ciclo sem retorno
Uma linha infinita.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Homeostasia.

Num estado de apatia com o mundo,
Regulas as frases soltas do teu discurso cansado
No entanto, cais
Desfaleces,
Sem forças padeces

Um corpo inerte não tem força
Ou terá.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Durabilidade.

O meu ser cansado resume-se a uma simples existência.
Tal como tudo morre, 
Quero a minha chance.

A chance de partir.
A chance de mudar.

Quero fugir,
Mas não posso.
É demasiado.
O que me prende afasta-me.

Vamos apenas ultrapassando, mas não vivendo.
Isso é para os fortes.
Somos fracos.
Morte.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Coveiro.

Nossa salvação,
um buraco no chão

Mil bichos à espera,
uma morte iminente.

Um alguém impaciente,
espera por ocupação, 
recebe uma chamada,
prepara o caixão.

Desenterrando memórias,
lembranças e gentes,
esquece-se do futuro,
e morre.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Auto-Controlo.

Ridículo.
O controlo pelo nosso meio não impõe controlo em nós próprios.

Máquinas controladas pelo mero acaso do destino.
Oleadas no grande mar do desespero.

Não somos o meio, somos o redor.
O que nos rodeia controla-nos.
O meio domina.

Queria tanto parar aqui
PÁRA
PÁRA

A bipolaridade da vontade traduz-se na promiscuidade da mente.
Do que o corpo pede.
Mas a mente rejeita.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Monocromático

Uma presa circulava distante
O lobo, triunfal, reclama a sua refeição
Não sabes o que acontece a seguir.
O lobo come a presa.
O fim.

sábado, 18 de agosto de 2012

Assombração.

Sabes que mais ?
Não preciso de uma metade.
Preciso de um inteiro.

Mas ninguém sabe. 
Nem eu próprio o sei.

O rastilho do futuro somos nós. 
A explosão aproxima-se.
O coração marca o compasso.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Entropia.

Como pode haver um sempre?
O Universo tende para a entropia.
Exatamente.
Tudo tem um principio e um fim, tudo são acontecimentos.

A demência do nosso próprio ser faz-nos querer contrariar tudo.
Até a própria lei do Universo.
Nada o contraria.
O todo manda.
O miúdo senta e espera. Nasce e morre. Renasce e ressuscita.
O ciclo nunca acaba.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

N.E.M.

.nascer.
.existir.
.morrer.

O círculo da vida repete-se.
A existência prolonga-se
Mas a morte é definitiva.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Filantropia.

Não estamos destinados a nada.
O Universo não é pré-determinado.
Nada gira em torno de um motor imóvel.
Mas uma coisa é certa: 

O fluxo da vida culmina no ponto de glória extrema e eterna sabedoria chamado de Morte.

A transversalidade do que chamamos de real, consegue ser mais falacioso que a própria fantasia.
O que existe, é duvidoso. O que não existe é certo.
Chegamos a um ponto sem retorno:

Sussurramos a nossa própria maldição.
Todas as palavras se conjuram num só resultado final.
A morte é o destino final.
tudo o resto é secundário.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

A verdade II

A verdade é que o reino caiu.
O seu interior estava podre, assente em fracos alicerces.
Restos em decomposição de memórias e de conquistas falhadas. Um passado corroído pelo presente.
Quando tudo apodrece, o passado não passa de mentiras. Não passa de um monte de merda que ganhou o eterno cheiro da podridão.´
A putrefação do meu espírito causa a morte do meu corpo.
O falecimento da minha vontade.
A desistência aparece como uma escolha possível mas sei que não é a melhor.
Embora seja a mais apelativa. A mais fácil.
Não me perdoaria, se desistisse.
Eu quero ser alguém. Quero viver.
No entanto, sei que é impossível ser feliz.

domingo, 29 de abril de 2012

inconveniens veritatem.

Sinto-me atraído pelo mal. O negro chama-me. Apela-me. Desencaminha-me.
Todo o mal coincide com o bem.
Conflitos.
Escolhas e decisões, aparentemente impossíveis de serem tomadas.

And as she herself split into two, rotating in agony between two ultimate forces.
The pendulum of choice began it's dance.
It seems easy, you imagine, to gravitate instantly and unwaveringly towards good.
But she wondered, “How can I protect something so perfect without evil?”

A verdade é que somos encaminhados como ovelhas para o poço da morte.
O caminho que levamos, no final, não importa.
A morte é certa.
A vida não.





quinta-feira, 5 de abril de 2012

Limite.

Tudo o que juntaste durante a vida é uma farsa.
No final não tens nada.

Não resistas, deixa-te levar.
Eu quero-te aqui.
Vem. 
Não hesites

Mas espera, sabes que há o ponto fulcral.
Não podes.
Não posso.
Morre e assim poderei. 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sangue.


O problema é:
Eu sinto-me demasiado cheio.
No entanto, a transbordar espaço vazio.

Estou confuso.
Não por mim, não pelos outros.
Por tudo.

Está tudo errado. Está tudo ao contrário.
Não me consigo adaptar à realidade.
Não consigo ser real.

O que posso então fazer para me distinguir das personagens fictícias ?
Sangrar.

domingo, 18 de março de 2012

Não.

Não sou descartável.
Não sou utilizável.

Não me quero rebaixar.
Não quero encarnar esse meu eu.

Estou farto de ser quem eu não sou.
A revolução é feita no momento em que negamos.
Não.
Não me humilharei.
Não me aviltarei.
Não serei apenas aquele. O outro. Mais um.

Eu serei o Ele.
Não canonizado, mas apedrejado em praça pública.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Policromia.

Princesa de Atenas.
Rainha dos mares.
Fulminai-me aqui.
Se tanto conheces de tudo, visto de Olimpo, pergunta a Zeus quantas pétalas tem uma flor.

Ele que conhece tanto, irá ser vencido pela mais inocente pergunta.
Assim se vêem as diferenças
Entre um Deus e um Nada.

sábado, 10 de março de 2012

Refração e rebeldia.

Quando estás nu, não mostras apenas o teu lado físico, mostras a tua simplicidade.
Mostras a tua fraqueza.
Entregas-te por completo.
És meu e eu sou teu.
Somos nossos.

Mas não, não posso continuar a cair neste ciclo.
Não é confiável. Não é bom.
Não quero.
Mas vou.


segunda-feira, 5 de março de 2012

Funeral.

Todos os dias são só mais um.
Mais vinte e quatro horas em que nós respiramos.
Mais vinte e quatro horas em que nós acreditamos.
Vinte e quatro horas em que somos apenas mais um.
Somos pura estatística.

De que servem os sentimentos?
De que nos serve a inteligência?
De que nos serve a racionalidade?
No final de contas, não passamos de números.
E no final da vida, damos lugar a outro.

Outra pobre alma.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Quazar

És um mercenário.
O macabrismo de toda esta situação.
Tu amas-me, mas não o queres.
Condenas-te por isso.

Quem és tu para te condenares ?
Não és mais do que a minha sombra.
O meu eu.
Adeus sobriedade.
Olá demência.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Divino.

Deus morreu há muito tempo.
Apenas estávamos muito ocupados com o nosso próprio umbigo para reparar nisso.

Agora cada vez que lhe rezamos, a mensagem é redireccionada para o Inferno.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Nascimento.

O caminho não está percorrido.
Tu cortaste o cordão que me separava.
O cordão Umbilical.
E agora esperas que te siga até que me ames ?

Tu amas-me. Eu alimento-me disso até ao último minuto.
Depois, apodreces.
Morres.
E eu vivo.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Carnificina.

Não sabes o quanto me abominas.
Permanentemente nesse teu mundo em que me destróis.
Não te sei ler. Não combinas.
Estou apenas preso a esta rotina.
Acordar. Ir. Dormir.
Não vivo, e a culpa é tua. Prendes-me e fixas-me.
Não estou confortável com o que sinto.
Na realidade, penso que não sinto nada.

Tudo o que fazes repulsa-me. A tua existência repugna-me.
Espero que não resistas ao mar de mortos que te rodeia.
Mortos-vivos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Receita.

A veracidade do que se passou
O palato da sorte
Tudo está de pé
Nada desandou.

Abraçando a morte
Eu vejo que tudo me entrelaça
Azar
Sorte
Tudo te embaraça.



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Déjà vu.

Sabes, Pandora não foi uma apenas curiosa.
Ela sabe. Ela soube. Ela sempre saberá.

O erro tornou-a imortal.
O erro impregnou-a na história.
Seja real ou falso, o mito existe.

Libertou tudo o que há de bom e de mal. E tudo o que não é necessário.
Por isso, porque não libertarmos também tudo o que há de bom ou de mau em nós ?
Afinal de contas, não estaríamos a fazer nada mais do que repetir uma página da História.

Nós não passamos de cofres.
De caixas.

Cada um de nós, é uma Caixa de Pandora.



sábado, 18 de fevereiro de 2012

Partida.

Vamos criar uma revolução.
A veracidade dos acontecimentos, a violência.

Somos violentos e agressivos.
Se formos rudes, governamos.
Se formos lúcidos, morremos.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rappresaglia.

Nós não sabemos.
Ninguém o sabe.
Os planos. As ideias. Tudo abstracto.
O que é concreto, desvanece-se no momento em que nascemos.
O valor do que temos, não existe.

O glamour que a morte apresenta, seduz-nos.
Tudo o que fazemos apenas nos aproxima dela.

Uma atraente e desejada morte.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ironia.

A verosimilhança que um tempo infinito tem.
Irónico.

O que é certo questionamos.
No que está definitivamente errado, insistimos em acreditar.

Lágrimas.

A plasticidade.
O terror.
A verdade não é nada que se apague e que se sobreponha.
Tudo tem um valor.

A vala está cheia, e eu encho-me.
As lágrimas escorrem mas a dor não acaba.
O que é isso então ?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Amor ou Ódio.

As coisas que mais se opõem são as que mais se relacionam.

O ministerialismo da nossa mente opõem-se à complexidade da mesma.
Os sentimentos cruzam-se e entrelaçam-se, formando formas.
Formas.

Formas.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

tiro certeiro.

O gás não dói. Não faz ferida.
Não tem lâmina. Não faz sangue.

Entras na sonolência. 
Dormes.
Mas não sonhas.

Os sonhos da eterna abundância terminaram. 
O sangue flui. E a lâmina fere.

Locus Amoenus.

Tu obrigas-me a sofrer, mas tu precisas de mim.
A penetração ocorre quando estamos à espera. Tu entra, tudo sai.
A multiplicidade de sentimentos arrasa-me e arrebata-me.
Eu recorro-te. Não me socorres. Abandonas-me. Móis-me. Matas-me.
Eu faleço, e nada mais parece ver.

Brotando de mim vem uma árvore centenária. Não cresce, mas vive.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Protuberância.

A sociedade emaranha-te e enrola-te, envolve-te e prende-te.
A sociedade liberta-te e felicita-te, tortura-te e mata-te.
A sociedade domina-te e manipula-te, come-te e cospe-te.
A sociedade ama-te e odeia-te. Faz-te viver. E tira-te tudo.
Mas tudo tem uma saída. E a sociedade, tem protuberâncias.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

amor

Não há sorte no amor. O amor não é de sorte. Nós vivemos apaixonados, o amor apodera-se de nós, possui-nos e tortura-nos. Não passamos de escravos.
Podem dizer que o que nos distingue dos animais é a inteligência. Mas continuo a achar que o que nos distingue dos animais, é a nossa dependência de sofrimento.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Colapso.

Saber o que está certo não nos cabe a nós. O que está certo ou errado não existe. Tudo está certo. Tudo é errado. Resta-nos saber escolher a melhor opção.
O mundo mudou e só nos resta a adaptação. O crescimento precoce a que somos submetidos só pode resultar no colapso. O colapso começou.
O mundo roda e a minha repulsa cresce. Tudo o que foi criado, é destruído em prol de algo. Algo que nada é.
A dor de ser algo e não o poder mostrar. A dor de querer viver e não o ser permitido.
O preconceito é uma arma de dois canos, que não mata, mas tortura.

epílogo.

O crime compensa.
A mentira liberta.
O mal conforta.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O mal

O limite da sanidade mental não está no que vemos ou melhor, no que pensamos que vemos.
Está tudo no nosso cerne, a nossa carne palpita e os nossos ossos refletem o mal que absorvemos.
Somos criaturas do mal.
Mas o pior é que sabemos disso.

futuro.

Se tudo está destinado a acontecer, então porque continuamos a mover-nos ?
Será que está destinado que nós continuemos permanentemente a lutar contra algo invisível que insiste em puxar-nos na direção contrária ?

A revolta e o nojo apoderam-se daqueles que notam o que se passa.
Os que simplesmente vivem sem olharem em volta, não passam de linhas retas.
Não passam de simples indivíduos que nada fazem para sempre o que são e porque o são.
Simplesmente se deixam levar pela corrente.
É isto o futuro ?

vida.

A vida roda em torno de algo. Algo que não se move. Algo que se destrói e que se constrói. Algo que não existe. A vida existe. A vida mata. A vida vive. Mas o resto não.

O pecado e a liberdade.

Tudo o que nos é dito, está errado. Tudo o que vemos e ouvimos, está errado. Tudo o que sabemos está errado. O que é certo então ?
O apogeu da liberdade existe. Mas não para ser alcançado, para ser sonhado. Enquanto houver a noção de pecado, a pré-definição e o preconceito, não pode haver liberdade. Nem nunca vai. O pecado está cometido. A humanidade está condenada a uma infinita e pobre existência.
O fim não está próximo. O fim chegou.